Segundo o Portugal Diário, quase 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, apresentado esta sexta-feira (16-05-2008) no Porto, realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP), noticia a agência Lusa.
«O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos», disse João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.
Quase 80 por cento quer uma Ordem dos Professores
João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, «quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores».
«Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um código».
«Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por questões meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da educação».
61 por cento sente que o seu trabalho não é reconhecido pela sociedade
O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que João Ruivo considerou «marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990», revela ainda que 61 por cento não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.
Para além disso, mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.
Dos resultados obtidos foi também possível concluir que «a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos».
Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.
Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro «Ser Professor: Satisfação Profissional e Papel das Organizações de Docentes», será enviado ao ministério da educação «pela sua utilidade, importância e relevo».
«Há um caminho ainda a percorrer. Há que dar um novo sentido à forma como se olha para a construção da própria educação. E o Ministério da Educação tem falhado numa atitude arrogante que vai levar a um isolamento com consequências que pela primeira vez vamos poder atribuir a alguém em concreto», disse João Grancho.
«O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos», disse João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.
Quase 80 por cento quer uma Ordem dos Professores
João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, «quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores».
«Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um código».
«Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por questões meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da educação».
61 por cento sente que o seu trabalho não é reconhecido pela sociedade
O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que João Ruivo considerou «marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990», revela ainda que 61 por cento não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.
Para além disso, mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.
Dos resultados obtidos foi também possível concluir que «a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos».
Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.
Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro «Ser Professor: Satisfação Profissional e Papel das Organizações de Docentes», será enviado ao ministério da educação «pela sua utilidade, importância e relevo».
«Há um caminho ainda a percorrer. Há que dar um novo sentido à forma como se olha para a construção da própria educação. E o Ministério da Educação tem falhado numa atitude arrogante que vai levar a um isolamento com consequências que pela primeira vez vamos poder atribuir a alguém em concreto», disse João Grancho.
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